quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

FINALMENTE O TRAILER DE HOMEM DE FERRO 2

Parece que vem coisa boa. O trailer não decepciona. E Johansson não está com cara de boazinha no papel da espiã russa como eu havia criticado. Só gostaria do Clint Eastwood como Nick Fury, sempre achei ele a cara do Nick.
O film tem estréia munidla no dia 7 de maio de 2010

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

MOSTRA DAVID LYNCH NA CAIXA CULTURAL


Pra quem - assim como eu - é fã do cineasta David Lynch uma boa pedida é a mostra que a Caixa Cultural (RJ) realiza a partir dessa semana.


Para quem não sabe ou não se lembra, David Lynch é a cabeça por detrás de obras como Veludo Azul, Cidade dos Sonhos, Império dos Sonhos, Duna, O Homem Elefante Eraserhead, Coração Selvagem e da aclamada mini-série de TV Twin Peaks (quem matou Laura Palmer? lembram-se?).


Para quem ainda não conhece a obra do diretor a mostra é ainda mais interessante. Porém preparem-se pra entrar em um universo completamente estranho, porém fascinante - e nem sempre busquem sentido em tudo o que está na tela.


Mulheres lindas, cortinas vermelhas, luzes piscando, busca por identidade, sonhos, música singular, paranóia e - por que não - amor e esperança, esse é o mundo de Lynch. Pode-se gostar ou não mas que é algo único é inegável.


Mostra “David Lynch – O Lado Sombrio da Alma”
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinemas 1 e 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro-RJ (Metrô: Estação Carioca)
Telefones: (21) 2544 4080/ 2544 1099
Datas: de 08 a 20 de dezembro de 2009.
Horários: Sessões a partir das 17h, de terça-feira a domingo.
Ingressos: R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia entrada)
Classificação: Consultar programação.
Acesso para pessoas com necessidades especiais.
Programação completa:
www.caixa.gov.br/caixacultural

Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural Rio de Janeiro
Telefones: (21) 2202-3096/ 2202-3086
E-mail:
cultura.rj@caixa.gov.br
Programação completa: www.caixa.gov.br/caixacultural



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mad Max está de volta


O primeiro Mad Max, dirigido por George Miller, data de 1979 e revolou o então desconhecido Mel Gibson. A trama do filme era a clássica vingança (que segundo Quentin Tarantino pode ser vista como um gênero específico de filme) de um policial que teve sua família morta por desajustados. A diferença é que a narrativa se passava em um futuro próximo onde combústivel era algo raríssimo e conseguí-lo podia custar uma ou mais vidas.

Com o sucesso vieram as sequências Mad Max 2 - a caçada continua (melhor que o primeiro) em 1981 e Mad Max - além da cúpula do trovão (1985) que contava com Tina Turner no elenco e trilha sonora.


Agora vem aí Mad Max - Fury Road (aparentemente sem Mel Gibson no elenco) com a linda Charlize Theron e Tom Hardy no elenco. As filmagens começam em agosto de 2010.

Seria interessente Mel Gibson voltar ao papel (já que o filme leva o nome de seu personagem) com uma parceria com a bela Charlize. Mas vamos ver o que vem por aí.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Biografia "Definitiva" do Led Zeppelin


Foi lançada pela editora Larousse uma biografia da lendária banda inglesa de hard rock (ou precursora - no som - do heavy metal para muitos) Led Zeppelin. "Definitiva" sempre é um termo que serve mais de chamariz para vendas do que qualquer outra coisa, visto que se a banda resolver voltar para uma tour - algo muito difícil mas não impossível - mais história será agregada ao mito de chumbo.

A biografia foi escrita por um ex-amigo de Jimmy Page - que brigaram justamente por causa da biografia que Page era contra - Mick Wall. O "problema" da biografia que fez com que Page brigasse com Mick é o fato do autor expor todas as loucuras e excessos da banda e da equipe - como o tour manager Richard Cole. Estão lá as orgias sexuais - muitas vezes com meninas menores de idade -, as drogas, o ocultismo de Page, a violência de John Bonham e outras loucuras e perversões da banda.

Porém, além disso está o principal: a formação de uma das melhores bandas de toda a história da música. Independente das loucuras de seus integrantes o que vai ficar para todos nós - fãs de rock ou de boa música - é a música eterna e maravilhosa criada pela banda. Algo único e raro. O Led era maravilhoso tanto em estúdio quanto em suas performances maravilhosas no palco com a chamada "química" perfeita entre os membros. Se cometiam loucuras fora dele o fato é que a arte nunca foi neglicenciada e ela foi o que os tornou mitos e não a bagunça por detrás.


Led Zeppelin - Qaundo os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra

Autor: Mick Wall

Editora Larousse

552 Páginas

Formato: 15,5 x 24 cm

Peso: 0,88 kg


p.s.: Pra quem ainda não sabe o eterno vocalista do Led, Robert Plant, hoje faz um trabalho em parceria com a vocalista Alice Krauss. É algo simplesmente maravilhoso, arte pura. Quem aind não ouviu pode correr em busca sem medo. O Título do cd é Raising Sand.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Víuva Negra


Aqui está a foto da atual musa do Woody Allen (e de todos nós), Scarllet Johansson, como a personagem Viúva Negra dos quadrinhos da Marvel. O uniforme está idêntico - incluindo os braceletes. Porém a Johansson aparenta ser muito nova e com cara de boazinha pra personagem mas vamos ver o resultado nas telas. Que ela está lindíssima ruiva e dentro do uniforme da espiã russa nem é preciso de comentar, a imagem fala por si.

Western Revisionista - Os Imperdoáveis


Quando eu era mais novo não era muito fã de filmes de western. Isso começou a mudar depois que eu assisti dois filmes do gênero: Tombstone e Os Imperdoáveis (Sérgio Leone e John Ford ainda não faziam parte do meu currículo cinematográfico). O primeiro gostei de primeira e até hoje acho um dos melhores westerns já realizados. É um filmaço com personagens extremamente carismáticos, em especial o grande Doc Holliday de Val Kilmer e o Wyatt Earp de Kurt Russel (mas o show é mesmo de Kilmer). É um filme que considero ótimo pra quem ainda é estreante no gênero pois é divertido, com ótimas atuações e cenas de ação idem.
Os Imperdoáveis também gostei bastante quando vi a primeira vez mas não tanto como Tombstone. Por outro lado, mesmo não tendo achando tão bom sempre fiquei intrigado do porquê de que eu sempre gostar de revê-lo (isso acontece muito com determinados filmes e quando isso ocorre sei que há algo ali que meu inconsciente já detectou mas que eu ainda não percebi). Com o tempo fui gostando mais e quando vi pela última vez (início desse ano) compreendi tudo e o lancei à categoria de clássico entendendo também o porquê de tantos elogios e um Oscar de melhor filme (que na época - embora achasse o filme bom - achei exagerado).
Acho que o fator principal que me fez adorar o filme a partir desse ano foram minhas leituras nos últimos anos sobre memória social, memória discursiva, construção discursiva, etc...que por meio deles mudei completamente minha visão sobre o filme e o considerei uma obra-prima (o que para muitas pessoas já era algo claro mas que pra gente nem sempre está visível).
Ele simplesmente é um filme revisionista do gênero do western que utiliza toda a tradição do mesmo para desconstruí-lo, criticá-lo, mostrar como é “falso” (nada é verdadeiro certo?), romantizado, que não havia mocinhos e bandidos, efim, desmascarar o gênero, mostrar suas invencionices, mitos, jogá-lo na lama mesmo. Porém, ao final do filme, reafirmá-lo novamente, pois, ora, só quem pode desmascarar tão descaradamente o mito é alguém que o conheça tão bem, tenha feito parte de sua história, ajudado a definí-lo e o ame. Ou seja: Clint Eastwood.
O filme nos apresenta o personagem de Clint (Bill Munny) como ex-pistoleiro decadente e arrependido de seu passado e que agora só quer cuidar de seus filhos tranquilamente e conviver com seus fantasmas do passado – incluindo a morte da esposa que foi quem o redimiu. Após o ataque de um homem a uma prostituta um aspirante a pistoleiro é contratado por elas para uma vingança e resolve procurar Bill para ajudá-lo.
Não vou entrar em detalhes dessa parte da trama e partir para o ponto que acho crucial e que faz o filme ser o que é.
O personagem de Saul Rubinek, o reporter W.W. Beauchamp, escreve histórias de western como conhecemos nos antigos filmes e livros: mocinhos contra bandidos. Todos rápidos no gatilho e quase invencíveis. Ele escreve sobreo famoso pistoleiro interpretado por Richard Harris - English Bob – narrando seus “feitos” e criando o mito de English Bob. Porém o violent xerife Little Bill Daggett – personagem de Gene Hackman - que ganhou o Oscar de coadjuvante – irá mostrar que as coisas não são tão heróicas quanto parecem.
Ao ser preso, o repórter começa a conversar com o xerife. Esse, ao ler um dos livros de Beauchamp começa a rir e diz que presenciou “in loco” a história narrada e que a mesma não foi nada do que está escrito.
O que o Xerife revela é que heroismo não havia nenhum, muito pelo contrário. Eram um bando de bêbados arrumando confusão e atirando pra qualquer lado. Ou seja, todo o romantismo do velho oeste não passa de invenção. O mundo real nunca teve John Wayne ou Wyatt Earp como retratados nos livros, filmes e contos. O personagem de Gene Hackman expõe para o escritor toda essa “falsidade” das histórias de Western e como tudo não passa de uma invenção de escritoires – em uma cena memorável.
E o filme de Eastwood mostra tudo isso. Se em filme como Três Homens em Conflito – dentre vários outros - os personagens de Clint eram a encarnação do mito do mocinho dos Western – rápido no gatilho, corajoso - , aqui ele é falho, velho, ex-alcoolatra, etc. Junta-se ao personagem de Morgan Freeman – amigo dos tempos de pistoleiro - pra ir à caça do homem que machucou a prostituta e nessa tarefa expõe todas suas fraquezas.
Porém, após desconstruir o mito do western, no seu final o filme acaba por novamente reafirmá-lo – embora para nunca mais ser visto com os mesmos olhos – com uma cena derradeira onde Clint “incorpora” seus velhos personagens – e que visualmente remete ao O Homem que Matou o Facínora. Antes de percebermos tal cena como não compatível com o resto do filme podemos interpetá-la como uma homenagem a toda a mitologia que o próprio filme já mostrou não ser nada mais do que…mito, construção.
Um grande filme, com coragem de descontruir um dos maiores mitos norte-americanos mas que ao mesmo tempo homenageia e reafirma esse mito – embora com um olhar muito mais realista e melancólico.

Os Imperdoáveis (The Unforgiven, EUA, 1992)Direção: Clint EastwoodElenco: Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, Richard HarrisDuração: 131 minutos

segunda-feira, 27 de abril de 2009

De Volta - Grandes Clássicos DC






É, finalmente estou retornando ao blog. Uma série infinita de problemas e mudanças ocasionaram esse grande afastamento. Espero não ficar longe por tanto tempo mais. Esse retorno será marcado por textos inicialmente mais curtos e rápidos mas espero logo ter tempo de escrever mais.

Voltei a ler boas HQs esses últimos meses. E como fã do estilo sempre senti uma certa "vergonha" de nunca ter lido uma das mais famosas e comentadas HQs de todos os tempos: a fase do Laterna Verde e do Arqueiro Verde produzida pela histórica dupla Dennis O'Neil e Neal Adams nos anos 70, em especial a história do vício de Ricardito em heróina comentada até os dias atuais.

Estava em uma comic shop e dei de cara com o encadernado Grandes Clássicos DC 7 - Laterna Verde/Arqueiro Verde volume 2. Vi que era minha chance de ler essas histórias clássicas e históricas das HQs. E não me arrependi.

Embora tenha começado do volume 2 a história do ricardito estava lá.

Pra quem não sabe, Dennis O'Neil e Neal Adams são uma das duplas (diria juntamente com Marv Wolfman e George Pérez & Chris Claremont e John Byrne) mas importantes da história dos quadrinhos periódicos (e não em edições especiais, graphic-novels, etc.) de super-heróis. Eles foram os grandes responsáveis pelo retorno do Batman nos anos 70 à sua origem séria e sombria, fugindo do Batman camp dos anos 60 e abrindo as portas para os trabalhos de Frank Miller, Grant Morrison e Alan Moore com o personagem nos anos 1980.

Voltando ao Arqueiro e o Laterna: Nessa época os quadrinhos de super-heróis (principalmente da DC) passavam por um período, digamos, "bobo", fruto de vários problemas de anos anteriores (baixa venda, censura, criação do código de ética, condições sócio-políticas, etc.). O então editor da DC, Julius Schwartz, deu o aval e o auxílio pra dupla O'Neil/Adams publicarem a série.

Vendo hoje (após tantos Watchmens e Cavaleiros das Trevas), alguns detalhes parecem simplistas e até infantis mas falar abertamente de racismo, preconceito racial (são coisas diferentes pra quem não sabe), xenofobia, criminalidade, drogas e sua relação com a juventude(e o vazio existencial desta), meio-ambiente, etc. utilizando quadrinhos que não eram underground e que eram lidos pela grande massa foi algo inédito e inovador. Os super-heróis foram os personagens escolhidos para serem as vozes de todos esses discursos. A leitura é um passeio pelos problemas sociais e políticos dos anos 70 e que, infelizmente, ainda são os mesmo de hoje. As visões opostas e brigas da dupla Lanterna e Arqueiro servem como leitmotiv dessas discussões.

Enquanto o Laterna é mais conservador (mas não em um sentido extremo) o Arqueiro é o cara de visão aberta para diversos problemas - embora menos para os que estão embaixo do seu próprio nariz como mostra seu pupilo Ricardito.

Ao término da leitura fiquei extremamente feliz com o resultado final. E tudo o que já havia lido sobre o trabalho da dupla se confirmou: são grandes histórias. Como eu já disse, nos dias atuais determinados momentos podem parecer simplistas e piegas mas ainda funcionam bem. E o principal é que as histórias continuam extremamente relevantes nos dias atuais. Ainda nos fazem sentir e pensar. E esse é o papel de qualquer coisa que queira levar - nem que seja no menor grau possível - o título de Arte.

Agora é correr atrás do volume 1.



p.s.: há uma três histórias finais de poucos páginas que são tapa-buracos de revistas de outros personagens (como o Flash) mas que também funcionam bem.