sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mad Max está de volta


O primeiro Mad Max, dirigido por George Miller, data de 1979 e revolou o então desconhecido Mel Gibson. A trama do filme era a clássica vingança (que segundo Quentin Tarantino pode ser vista como um gênero específico de filme) de um policial que teve sua família morta por desajustados. A diferença é que a narrativa se passava em um futuro próximo onde combústivel era algo raríssimo e conseguí-lo podia custar uma ou mais vidas.

Com o sucesso vieram as sequências Mad Max 2 - a caçada continua (melhor que o primeiro) em 1981 e Mad Max - além da cúpula do trovão (1985) que contava com Tina Turner no elenco e trilha sonora.


Agora vem aí Mad Max - Fury Road (aparentemente sem Mel Gibson no elenco) com a linda Charlize Theron e Tom Hardy no elenco. As filmagens começam em agosto de 2010.

Seria interessente Mel Gibson voltar ao papel (já que o filme leva o nome de seu personagem) com uma parceria com a bela Charlize. Mas vamos ver o que vem por aí.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Biografia "Definitiva" do Led Zeppelin


Foi lançada pela editora Larousse uma biografia da lendária banda inglesa de hard rock (ou precursora - no som - do heavy metal para muitos) Led Zeppelin. "Definitiva" sempre é um termo que serve mais de chamariz para vendas do que qualquer outra coisa, visto que se a banda resolver voltar para uma tour - algo muito difícil mas não impossível - mais história será agregada ao mito de chumbo.

A biografia foi escrita por um ex-amigo de Jimmy Page - que brigaram justamente por causa da biografia que Page era contra - Mick Wall. O "problema" da biografia que fez com que Page brigasse com Mick é o fato do autor expor todas as loucuras e excessos da banda e da equipe - como o tour manager Richard Cole. Estão lá as orgias sexuais - muitas vezes com meninas menores de idade -, as drogas, o ocultismo de Page, a violência de John Bonham e outras loucuras e perversões da banda.

Porém, além disso está o principal: a formação de uma das melhores bandas de toda a história da música. Independente das loucuras de seus integrantes o que vai ficar para todos nós - fãs de rock ou de boa música - é a música eterna e maravilhosa criada pela banda. Algo único e raro. O Led era maravilhoso tanto em estúdio quanto em suas performances maravilhosas no palco com a chamada "química" perfeita entre os membros. Se cometiam loucuras fora dele o fato é que a arte nunca foi neglicenciada e ela foi o que os tornou mitos e não a bagunça por detrás.


Led Zeppelin - Qaundo os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra

Autor: Mick Wall

Editora Larousse

552 Páginas

Formato: 15,5 x 24 cm

Peso: 0,88 kg


p.s.: Pra quem ainda não sabe o eterno vocalista do Led, Robert Plant, hoje faz um trabalho em parceria com a vocalista Alice Krauss. É algo simplesmente maravilhoso, arte pura. Quem aind não ouviu pode correr em busca sem medo. O Título do cd é Raising Sand.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Víuva Negra


Aqui está a foto da atual musa do Woody Allen (e de todos nós), Scarllet Johansson, como a personagem Viúva Negra dos quadrinhos da Marvel. O uniforme está idêntico - incluindo os braceletes. Porém a Johansson aparenta ser muito nova e com cara de boazinha pra personagem mas vamos ver o resultado nas telas. Que ela está lindíssima ruiva e dentro do uniforme da espiã russa nem é preciso de comentar, a imagem fala por si.

Western Revisionista - Os Imperdoáveis


Quando eu era mais novo não era muito fã de filmes de western. Isso começou a mudar depois que eu assisti dois filmes do gênero: Tombstone e Os Imperdoáveis (Sérgio Leone e John Ford ainda não faziam parte do meu currículo cinematográfico). O primeiro gostei de primeira e até hoje acho um dos melhores westerns já realizados. É um filmaço com personagens extremamente carismáticos, em especial o grande Doc Holliday de Val Kilmer e o Wyatt Earp de Kurt Russel (mas o show é mesmo de Kilmer). É um filme que considero ótimo pra quem ainda é estreante no gênero pois é divertido, com ótimas atuações e cenas de ação idem.
Os Imperdoáveis também gostei bastante quando vi a primeira vez mas não tanto como Tombstone. Por outro lado, mesmo não tendo achando tão bom sempre fiquei intrigado do porquê de que eu sempre gostar de revê-lo (isso acontece muito com determinados filmes e quando isso ocorre sei que há algo ali que meu inconsciente já detectou mas que eu ainda não percebi). Com o tempo fui gostando mais e quando vi pela última vez (início desse ano) compreendi tudo e o lancei à categoria de clássico entendendo também o porquê de tantos elogios e um Oscar de melhor filme (que na época - embora achasse o filme bom - achei exagerado).
Acho que o fator principal que me fez adorar o filme a partir desse ano foram minhas leituras nos últimos anos sobre memória social, memória discursiva, construção discursiva, etc...que por meio deles mudei completamente minha visão sobre o filme e o considerei uma obra-prima (o que para muitas pessoas já era algo claro mas que pra gente nem sempre está visível).
Ele simplesmente é um filme revisionista do gênero do western que utiliza toda a tradição do mesmo para desconstruí-lo, criticá-lo, mostrar como é “falso” (nada é verdadeiro certo?), romantizado, que não havia mocinhos e bandidos, efim, desmascarar o gênero, mostrar suas invencionices, mitos, jogá-lo na lama mesmo. Porém, ao final do filme, reafirmá-lo novamente, pois, ora, só quem pode desmascarar tão descaradamente o mito é alguém que o conheça tão bem, tenha feito parte de sua história, ajudado a definí-lo e o ame. Ou seja: Clint Eastwood.
O filme nos apresenta o personagem de Clint (Bill Munny) como ex-pistoleiro decadente e arrependido de seu passado e que agora só quer cuidar de seus filhos tranquilamente e conviver com seus fantasmas do passado – incluindo a morte da esposa que foi quem o redimiu. Após o ataque de um homem a uma prostituta um aspirante a pistoleiro é contratado por elas para uma vingança e resolve procurar Bill para ajudá-lo.
Não vou entrar em detalhes dessa parte da trama e partir para o ponto que acho crucial e que faz o filme ser o que é.
O personagem de Saul Rubinek, o reporter W.W. Beauchamp, escreve histórias de western como conhecemos nos antigos filmes e livros: mocinhos contra bandidos. Todos rápidos no gatilho e quase invencíveis. Ele escreve sobreo famoso pistoleiro interpretado por Richard Harris - English Bob – narrando seus “feitos” e criando o mito de English Bob. Porém o violent xerife Little Bill Daggett – personagem de Gene Hackman - que ganhou o Oscar de coadjuvante – irá mostrar que as coisas não são tão heróicas quanto parecem.
Ao ser preso, o repórter começa a conversar com o xerife. Esse, ao ler um dos livros de Beauchamp começa a rir e diz que presenciou “in loco” a história narrada e que a mesma não foi nada do que está escrito.
O que o Xerife revela é que heroismo não havia nenhum, muito pelo contrário. Eram um bando de bêbados arrumando confusão e atirando pra qualquer lado. Ou seja, todo o romantismo do velho oeste não passa de invenção. O mundo real nunca teve John Wayne ou Wyatt Earp como retratados nos livros, filmes e contos. O personagem de Gene Hackman expõe para o escritor toda essa “falsidade” das histórias de Western e como tudo não passa de uma invenção de escritoires – em uma cena memorável.
E o filme de Eastwood mostra tudo isso. Se em filme como Três Homens em Conflito – dentre vários outros - os personagens de Clint eram a encarnação do mito do mocinho dos Western – rápido no gatilho, corajoso - , aqui ele é falho, velho, ex-alcoolatra, etc. Junta-se ao personagem de Morgan Freeman – amigo dos tempos de pistoleiro - pra ir à caça do homem que machucou a prostituta e nessa tarefa expõe todas suas fraquezas.
Porém, após desconstruir o mito do western, no seu final o filme acaba por novamente reafirmá-lo – embora para nunca mais ser visto com os mesmos olhos – com uma cena derradeira onde Clint “incorpora” seus velhos personagens – e que visualmente remete ao O Homem que Matou o Facínora. Antes de percebermos tal cena como não compatível com o resto do filme podemos interpetá-la como uma homenagem a toda a mitologia que o próprio filme já mostrou não ser nada mais do que…mito, construção.
Um grande filme, com coragem de descontruir um dos maiores mitos norte-americanos mas que ao mesmo tempo homenageia e reafirma esse mito – embora com um olhar muito mais realista e melancólico.

Os Imperdoáveis (The Unforgiven, EUA, 1992)Direção: Clint EastwoodElenco: Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, Richard HarrisDuração: 131 minutos